Mercados em Foco Edição 16/05/2024.

No “Mercados em Foco” de hoje, trazemos um resumo das últimas notícias e insights que impactaram os mercados globais e brasileiro. Os principais assuntos de hoje são a inflação e política monetária nos Estados Unidos, indicadores econômicos no Brasil, medidas de ajuda ao Rio Grande do Sul e economia chinesa. Mercados em Foco Edição 16/05/2024.

Crescimento Econômico Impressionante

Para ilustrar, o nowcasting do PIB do segundo trimestre, estimado pelo Fed de Atlanta e atualizado recentemente, oscila em 4% anualizados – um número robusto. Este desempenho reflete o comportamento positivo dos mercados este mês. De fato, esse crescimento é um indicador significativo da força econômica dos EUA. Os dados econômicos mais recentes mostram um equilíbrio quase ideal entre crescimento, lucro das empresas e inflação nos EUA.

Inflação e Política Monetária

Ontem, o índice de preços ao consumidor (CPI) veio em linha, ou até um pouco melhor, o que impulsionou os ativos ainda mais. Com juros para baixo, dólar fraco, bolsas e commodities subindo, a inflação não alterou drasticamente a percepção do Fed sobre sua trajetória e velocidade até a meta. Isso acalmou os ânimos, especialmente entre aqueles que veem risco de inflação por todos os lados.

O Fed continua em uma espera indefinida, aguardando o próximo PCI (Personal Consumption Expenditures Price Index) no dia 31, o qual é a inflação oficial monitorada por eles. Essa expectativa em torno dos dados inflacionários mantém os mercados atentos e prontos para reagir.

Impacto no Brasil

Entretanto, nossos ativos brasileiros não conseguiram aproveitar este evento favorável externo. A troca de CEO e CFO da Petro, por exemplo, levou a uma queda de 6% nas ações. Além disso, o diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, tentou mostrar maior alinhamento com Roberto Campos Neto, o que fez o nosso juro curto subir marginalmente. Ele mencionou que uma queda mais gradual da Selic teria sido mais adequada e reiterou que a meta de inflação deve ser perseguida, não discutida.

Indicadores de Atividade Econômica

Ademais, o indicador de atividade do Banco Central (IBC-BR) fechou o primeiro trimestre com um crescimento de 1% em comparação ao mesmo período do ano passado e ao quarto trimestre de 2023, ajustados sazonalmente. Embora o IBC-BR não seja o melhor para calcular o PIB, ele oferece uma visão do bom desempenho da nossa economia no início do ano.

Nossa projeção oficial para o PIB do primeiro trimestre está em 2,4% ano contra ano e 0,7% sobre o último trimestre do ano passado. Mesmo com algumas surpresas negativas em março, esses números permanecem impressionantes. Para o ano, estimamos um crescimento do PIB de 2,1%, ainda sem os possíveis efeitos da tragédia no Rio Grande do Sul.

Medidas Governamentais

O governo anunciou medidas para mitigar os impactos econômicos da tragédia no Rio Grande do Sul. Entre elas, um benefício de R$ 5.100 para famílias diretamente afetadas e o direito a uma casa pelo programa Minha Casa Minha Vida para aqueles que perderam suas casas. Também foi anunciado o saque calamidade do FGTS de até R$ 6.200 e a liberação de duas parcelas adicionais do seguro-desemprego, entre outras medidas.

Economia Chinesa

Por fim, merece destaque a economia chinesa. Os PMIs da manufatura sugerem que a indústria acelerou entre março e abril, e a demanda por serviços deu um boom, o que pode resultar numa aceleração do crescimento das vendas no varejo. O consumo turístico foi forte, enquanto as vendas de automóveis e casas permanecem ancoradas. O governo chinês anunciou planos para incentivar a demanda por bens de consumo, indicando que, aos poucos, a China está tentando se arrumar, com o PIB mostrando sinais de melhora.

Encerramos o Mercados em Foco edição 15/05/2024. Desejando a todos um bom dia e bons negócios.

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