Mercados em Foco – Edição 08/05/2024

No “Mercados em Foco” de hoje, trazemos um resumo das últimas notícias e insights que impactaram os mercados globais e brasileiro. Um dia crucial com a decisão do Copom sobre a taxa Selic, prometendo finalmente dar alguma emoção a uma semana relativamente monótona em termos de dados e eventos. A expectativa é de um corte de 25 pontos base, reduzindo a taxa para 10,5% ao ano. Mercados em Foco Edição 08/05/2024.

Próximos Passos do COPOM

Quanto aos próximos passos, a maioria parece inclinada a indicar novos cortes. Estrategicamente, uma decisão unânime parece preferível para evitar incertezas sobre o tamanho do corte, especialmente considerando as dúvidas dos analistas sobre a futura composição do comitê. No entanto, o mercado está repleto de opiniões divergentes, e a única certeza é a possibilidade de surpresas.

Conjuntura Internacional

Apesar de alguns ativos terem se estabilizado, a conjuntura global permanece incerta. A taxa de retorno dos títulos de 10 anos está em torno de 4,5%, enquanto a taxa de câmbio se situa em cerca de 5,10%. O risco país do Brasil permanece baixo, mas houve um aumento em relação aos nossos pares. Quanto ao petróleo, embora tenha se aproximado das expectativas do comitê em comparação com março, a defasagem média nos preços da gasolina em relação ao petróleo é de cerca de 10%.

O que Esperar dos Indicadores Brasileiros

Observando a economia brasileira, os indicadores de atividade continuam robustos, especialmente o mercado de trabalho, que mostra sinais de fortalecimento. A taxa de desemprego atingiu seu nível mais baixo em anos, registrando 7,3% na última medida. As expectativas de inflação para 2025 estão se afastando ainda mais do centro da meta de 3%, apesar da melhoria da inflação corrente. No entanto, o cenário fiscal permanece incerto, especialmente com as revisões para baixo das metas primárias para 2025 e 2026.

Esses dados sugerem uma postura prudente por parte do Copom. No entanto, argumentos contrários destacam melhorias qualitativas no IPCA, o aumento do otimismo das agências de rating em relação ao risco soberano e o contínuo aumento da taxa real de juros brasileira, o que sugere um aperto monetário.

Rio Grande do Sul, Impactos Econômicos

No que diz respeito aos impactos econômicos da crise no Rio Grande do Sul, os analistas concordam que se trata de um choque adverso de oferta. Isso pode resultar em um PIB mais baixo e uma inflação mais alta como efeitos primários. No entanto, as políticas econômicas podem mitigar esses efeitos, com medidas como o aumento da importação de arroz para compensar a escassez.

Em termos de números, estima-se que o PIB brasileiro poderia ser revisado para baixo entre 0,15 e 0,3 pontos percentuais, principalmente devido aos impactos na indústria e no agronegócio. Prevê-se um aumento de 0,10 a 0,30 pontos percentuais no IPCA e um aumento de 5 a 15 bilhões de déficit nas contas públicas primárias em 2024. Em média, isso representa cerca de 0,1 ponto percentual a mais de déficit em relação ao PIB.

O Rio Grande do Sul, como o quarto maior PIB estadual do país, desempenha um papel significativo na economia nacional, com a agropecuária e a indústria representando parcelas substanciais do setor.

Considerações

Fornecendo uma visão abrangente das tendências atuais e das possíveis implicações futuras. Acompanharemos de perto as decisões do Copom e os desdobramentos da crise no Rio Grande do Sul, fornecendo insights valiosos para investidores e observadores do mercado.

Encerramos o Mercados em Foco edição 08/05/2024. Desejando a todos um bom dia e bons negócios.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima