Mercados em Foco edição 05/07/2024

No “Mercados em Foco” de hoje, trazemos um resumo das últimas notícias e insights que impactaram os mercados globais e brasileiro. Finalmente, todos os ativos brasileiros conseguiram surfar a onda positiva vinda lá de fora no dia em que mais de um risco aliviou bem. Até o nosso real valorizou mais de 2% e voltou para 5,55. E hoje pode até melhorar de novo, mas já volto nisso. Começando pelo S&P 500, mais um recorde histórico foi batido com os juros cedendo, com dados mais fracos dos EUA do que o estimado, alimentando argumentos de que o Fed começa mesmo a cortar as taxas de juros ainda este ano. Mercados em Foco edição 05/07/2024.

Desempenho Econômico dos Estados Unidos

O setor de serviços dos Estados Unidos contraiu num ritmo mais rápido em quatro anos, as folhas de pagamentos das empresas do setor privado aumentaram, mas num ritmo mais moderado, e os pedidos contínuos de auxílio-desemprego aumentaram pela nona semana seguida. Ou seja, a atividade americana mais fraca, o que não é ruim nesse momento para os mercados, pela via dos juros mais baixos.

Isso tudo numa sessão que foi encurtada pelo Dia da Independência dos Estados Unidos, que é hoje. Fora isso, a ata da última reunião do FED, que saiu ontem, pareceu, de fato, de um comitê mais inclinado a afrouxar a política monetária comparado com os documentos lá do dia da decisão mesmo. Não parece, então, que o pessoal do FED abandonou totalmente a chance de virem dois cortes ainda este ano.

Política Monetária e Perspectivas do FED

O relatório do FED cita, inclusive, uma vasta maioria dos diretores, vendo o crescimento arrefecendo gradualmente e destacando um modesto progresso adicional da inflação indo para a meta. Mas alguns aspectos políticos parecem que querem ajudar também. Primeiro, na França, algumas pesquisas para a eleição deste final de semana apontam que a extrema-direita não conseguiria ganhar a maioria absoluta.

Política na França e nos Estados Unidos

O copo meio vazio dessa notícia é que um parlamento sem maioria também pode empurrar a França para um período de turbulência por não conseguir formar um governo. Nos Estados Unidos, a pressão sobre o Joe Biden para sair da corrida presidencial ficou mais forte, com um texto do New York Times dizendo que ele teria de fato admitido para um aliado importante que ele poderia ter que abandonar a candidatura se ele não conseguir reverter a opinião pública nos próximos dias. A Casa Branca e a campanha democrata negaram rapidamente isso, mas fica aí a fumaça.

Contexto Econômico no Brasil

E por aqui, finalmente, a moderação do dólar também veio pela moderação no tom e pelos sinais de moderação nas despesas públicas. Disse o presidente Lula que, ”responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso”. E o mais importante foi a fala do ministro Haddad depois da reunião que ele teve com o presidente ontem à noite.

Além de repetir essa frase, ele prometeu preservar o arcabouço a todo custo, nas palavras dele, citando também contingenciamento e algum bloqueio de despesas. E ele também fala de 26 bilhões de despesas que vão ser cortadas, só que agora olhando lá para 2025. Para este ano, a ordem de grandeza das despesas bloqueadas e contingenciadas vai ser decidida daqui até o dia 22 desse mês, quando o governo tem que revisar as receitas e despesas.

Impacto no Mercado

O mercado deveria então seguir melhorando, ainda que ontem já tenha andado bem e faltem esses detalhes. Mas enfim, mais uma vez, o maçarico do dólar foi bem didático. Desvalorização cambial no Brasil é um processo que ajuda a entender os desafios pertinentes.

Destaques do Dia

Para o dia, dois destaques. Tem coletiva às 10h, no plenário da nossa Câmara, para apresentar parte do texto da reforma tributária. E aí, segundo eles, lá a votação poderia ficar para quarta, quinta-feira da outra semana.

E lá fora, o Reino Unido vai às urnas e escolher qual partido vai formar o próximo governo. Eles votam até às 22h deles, que dá umas 18h nossas aqui. Quando sai uma pesquisa de boca de urna, a perspectiva da boca de urna é a vitória do partido trabalhista.

Os resultados mesmos só saem amanhã de manhã. Os trabalhistas têm algo perto de 40% de intenção de voto hoje contra 20% dos conservadores. Eles ainda iam precisar negociar para formar uma coalizão, porque você não tem maioria absoluta, mas seria uma das piores derrotas dos conservadores em toda a sua história.

Considerações

Em resumo, o panorama atual mostra uma economia global em constante mudança, com impactos significativos nas políticas monetárias e fiscais em diversos países. O Brasil, por sua vez, está aproveitando um momento de valorização da sua moeda e de ajuste nas despesas públicas. O futuro próximo trará mais clareza sobre a direção das taxas de juros nos Estados Unidos e sobre a estabilidade política na Europa e nos Estados Unidos. Fique atento às atualizações e aos próximos movimentos dos mercados globais.

Encerramos o Mercados em Foco edição 05/07/2024. Desejando a todos um bom dia e bons negócios.

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