Mercados em Foco edição 14/06/2024

No “Mercados em Foco” de hoje, trazemos um resumo das últimas notícias e insights que impactaram os mercados globais e brasileiro. Nos últimos dias, o cenário fiscal brasileiro tem recebido um apoio significativo, tanto no âmbito interno quanto no externo. Esse suporte tem se mostrado crucial para a estabilização dos ativos brasileiros. Neste post, vamos explorar como o equilíbrio fiscal, a atuação do ministro da Fazenda Fernando Haddad e o ambiente econômico global estão interligados e influenciam a economia do país. Mercados em Foco edição 14/06/2024.

O Suporte ao Equilíbrio Fiscal

O equilíbrio fiscal é uma das metas principais do governo brasileiro. Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu elogios e suporte, não apenas do presidente Lula, que o descreveu como um “ministro extraordinário”, mas também de outros importantes atores econômicos e políticos.

Haddad enfrentou um desafio significativo com a questão do PIS/Cofins e a desoneração da folha de pagamento. Ao passar essa questão para o Congresso e para o empresariado, Haddad tentou construir uma alternativa viável para manter a desoneração, mas a decisão final agora está nas mãos do Senado e dos empresários.

A Responsabilidade Fiscal e o Papel do Congresso

A decisão de Haddad de vetar a prorrogação da desoneração no final do ano passado foi uma tentativa de forçar o Congresso a encontrar uma fonte de recursos dentro de um prazo de 45 dias, conforme exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Se o Congresso não conseguir encontrar essa fonte de recursos, a desoneração da folha será encerrada ainda este ano, que era exatamente o objetivo de Haddad.

O Apoio de Geraldo Alckmin e a Busca por Eficiência

Outro apoio importante veio do vice-presidente Geraldo Alckmin, que enfatizou a necessidade de buscar uma melhor eficiência nos gastos públicos e agir tanto no lado da receita quanto no lado da despesa. Essa abordagem de controle de gastos é crucial para manter a saúde fiscal do país.

Reuniões Estratégicas e o Apoio do Setor Financeiro

Haddad tem trabalhado ativamente para ganhar o apoio do setor financeiro. Hoje, ele tem uma reunião fechada com os principais banqueiros e o presidente da FEBRABAN, Isaac Sidney. Sidney descreveu Haddad como o “fiador da economia” e destacou a importância de apoiar o ministro para evitar o derretimento fiscal.

O Impacto da Alta do Dólar e a Política Monetária

A recente alta do dólar, em meio a incertezas políticas e fiscais, serve como um sinal de alerta. Se essas questões não forem resolvidas, o Banco Central pode ser forçado a interromper a queda da Selic, a taxa básica de juros. Com a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) se aproximando, essas decisões se tornam ainda mais críticas.

A Influência do Ambiente Externo

O ambiente econômico externo tem se mostrado positivo nos últimos dias, o que tem ajudado a aliviar um pouco as tensões no mercado brasileiro. A inflação nos Estados Unidos tem se comportado melhor do que o esperado, com o índice de preços ao produtor (PPI) mostrando números abaixo do consenso do mercado. Esse cenário contribuiu para a queda das curvas de juros prefixadas tanto no Brasil quanto nos EUA e ajudou a valorizar o real em relação ao dólar.

A Importância das Moedas Emergentes

A valorização do real também foi influenciada pelo peso mexicano, que parou de se depreciar e valorizou 2% na quinta-feira. No entanto, outras moedas emergentes, como o peso colombiano, têm sofrido bastante neste mês. Esse contexto reforça a melhora relativa da moeda brasileira e dos nossos mercados, especialmente com um noticiário local mais positivo.

Desafios e Perspectivas Fiscais

Apesar dos avanços, ainda há desafios significativos pela frente. O mercado financeiro deu um pequeno benefício da dúvida ao Brasil, mas agora é crucial ver ações concretas no plano de ajuste fiscal. Sem medidas efetivas, a confiança dos investidores pode não se sustentar.

Agenda Econômica e Projeções de Crescimento

Para o dia, a agenda econômica está relativamente vazia, com exceção do índice mensal de atividade do Banco Central, o IBC-BR. As projeções são otimistas, com um crescimento saudável esperado, mesmo que abril tenha sido um mês mais fraco do que o esperado inicialmente. Atualmente, o PIB do segundo trimestre está projetado para crescer 0,3% em relação ao primeiro trimestre.

Considerações

Portanto, o equilíbrio fiscal no Brasil está em um momento crítico, com o ministro Haddad desempenhando um papel central. O suporte que ele recebeu, tanto interno quanto externo, é fundamental para a estabilidade dos ativos brasileiros. No entanto, o caminho à frente exige ações concretas e uma colaboração eficaz entre o governo, o Congresso e o setor privado para garantir a sustentabilidade fiscal e a confiança dos mercados. Com a combinação de uma política fiscal responsável e um ambiente externo favorável, o Brasil tem a oportunidade de fortalecer sua economia e superar os desafios atuais.

Encerramos o Mercados em Foco edição 14/06/2024. Desejando a todos um bom dia e bons negócios.

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